Ação climática ambiciosa pode aumentar PIB global de 2040 em 0,2%, diz estudo da OCDE 591946

Publicado em 25/03/2025 10:17 e atualizado em 25/03/2025 11:26

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Por Riham Alkousaa

BERLIM (Reuters) - Uma ação climática acelerada poderia aumentar o PIB global em 0,2% até 2040, em comparação com as políticas atuais, mostrou um estudo na terça-feira, no momento em que delegados de 40 países se reúnem em Berlim para definir a agenda da cúpula da COP30 no Brasil, no final deste ano.

Uma análise feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento afirmou que políticas climáticas bem elaboradas não apenas reduzem as emissões, mas também podem aumentar a eficiência, a produtividade e a inovação -- potencialmente aumentando a produção em um valor equivalente ao tamanho da economia da Suécia.

Investir em energia limpa e eficiência impulsiona a produtividade e a inovação, compensando o impacto econômico das mudanças de preço e consumo orientadas por políticas, segundo o estudo. O reinvestimento das receitas de carbono poderia impulsionar ainda mais o PIB e criar apoio público para a ação climática, segundo o estudo.

No momento em que os países se preparam para apresentar as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) atualizadas até setembro -- os planos nacionais que cada país faz para atingir as metas climáticas globais -- o estudo afirma que as NDCs proporcionam segurança política, dando aos mercados a confiança necessária para mobilizar recursos para o crescimento sustentável.

Políticas climáticas pouco claras poderiam atrasar o investimento privado e reduzir o PIB em 0,75% já em 2030, alertou o estudo.

O estudo é realizado no momento em que ministros de cerca de 40 países se reúnem em Berlim para o Diálogo Climático de Petersberg, que se concentrará nos preparativos para a conferência climática da ONU em Belém, Brasil, em novembro.

A conferência de Petersberg será a primeira grande reunião ministerial sobre o clima desde que o governo Donald Trump retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris.

"Qualquer um que rejeite a ação climática nestes tempos turbulentos como sendo cara, onerosa ou supérflua não pode contar", disse a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, em um comunicado.

Baerbock disse que a conferência de Petersberg se concentraria na implementação das metas globais estabelecidas na cúpula climática de Dubai em 2023, incluindo o acordo da cúpula para a transição dos combustíveis fósseis e um acordo para triplicar a capacidade global de energia renovável até 2030.

(Reportagem de Riham Alkousaa)

Fonte: Reuters

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