Começo de ano chuvoso já traz perdas entre 15 e 20% nas frutas de Petrolina/PE 2z5p2i

Publicado em 12/02/2025 08:17 e atualizado em 20/02/2025 16:46
Algumas fazendas acumularam 300mm de precipitação, que afetou áreas de colheita e, principalmente, de floração

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O primeiro semestre do ano costuma trazer problemas climáticos para a região de Petrolina em Pernambuco, mas nos últimos anos os volumes de chuvas registrados estão aumentando e refletindo em transtornos aos fruticultores da localidade. 

De acordo com o Presidente do Sindicato Rural de Petrolina/PE, Jaílson Lira, algumas fazendas da região já registraram volumes acumulados acima de 300 mm desde janeiro, patamar mais elevado do que o normal para essa época do ano. 

Este cenário já trouxe perdas para a produção de uva e manga do município, estimadas até aqui entre 15 e 20%. 

“Com chuva há perdas tanto na floração quanto na colheita. Hoje em dia muitos produtores já utilizam cobertura por lonas nos parreirais no momento da colheita, o que reduz as perdas, mas na floração não há cobertura e as perdas ficam maiores”, comenta Lira. 

A liderança ainda destaca que, outro problema que surge em decorrência deste cenário é o aumento da pressão de doenças, que afetam todas as variedades de uva e manga da região diante de alta umidade. 

O quadro de perdas já reflete também nos preços da uva no mercado brasileiro, conforme demonstra um levantamento dos pesquisadores do Cepea. Na semana que se encerrou na última sexta-feira (07) a BRS vitória embalada Cat 1 foi comercializada a R$ 12,00/kg, alta de 23,5% em relação à semana anterior. 

“Nas centrais atacadistas, os relatos são de carregamentos mais fracos, com uvas de aparência e qualidade inferiores, que influenciam negativamente a aceitação no varejo. A tendência é de volume de uva controlado nesta primeira quinzena de fevereiro no Vale, devido às perdas produtivas ocasionadas pelas precipitações”, apontam os pesquisadores. 

Ainda segundo relato da equipe do Hortifruti/Cepea, “o volume reduzido é consequência das rachaduras nas bagas, que estavam próximas ou no ponto de colheita, e também da sanidade das uvas, havendo relatos de podridão principalmente para a variedade BRS vitória”.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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