Publicado em 04/02/2015 17:24

Os preços do cereal foram impulsionados pela forte alta observada na moeda norte-americana. O câmbio fechou a sessão desta quarta-feira com forte alta, de 1,78%, negociado a R$ 2,7420 na venda. Esse é o maior patamar de fechamento desde 23 de março de 2005. Na máxima do dia, o câmbio chegou a R$ 2,7490. Conforme informações da agência Reuters, o dólar encontrou e na queda do petróleo e a expectativa de que os juros nos Estados Unidos deverão subir em meados desse ano.

De acordo com os analistas, o mercado tem acompanhado a movimentação do dólar. E, somente a partir desse mês irá começar a focar as especulações em relação à safrinha de milho. Ainda há muitas incertezas sobre a segunda safra devido ao atraso no plantio da safra de verão, que estreitou a janela ideal de cultivo do milho. 

Em muitas localidades, especialmente no Centro-Oeste, a expectativa é de redução na área destinada ao grão e também, nos investimentos. Em Nova Mutum (MT), o cenário é o mesmo. “A grande maioria dos produtores não estão otimistas em relação à safrinha. Então, essa é uma grande preocupação e, segundo os meteorologistas, esse ano, as chuvas deverão ficar abaixo da média do registrado em 2014. Sem contar que, os preços não são animadores”, explica o presidente do Sindicato Rural do município, Luiz Carlos Gonçalves. Na região, a saca do milho é negociada entre R$ 15,00 a R$ 16,00.

Mercado interno

No mercado interno, o dia também foi de pouca negociação. Nas principais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas, a quarta-feira foi de estabilidade. Em Cascavel (PR), o preço registrou alta de 2,50%, com a saca negociada a R$ 20,50. Na região de Jataí (GO), a cotação exibiu ligeiro ganho de 0,15% e saca era negociada a R$ 19,83. 

Já em Tangará da Serra (MT), o preço recuou expressivamente, em torno de 16,67%, com a saca cotada a R$ 15,00. No Porto de Paranaguá, o preço ficou estável em R$ 29,50, para entrega em outubro de 2015.

Bolsa de Chicago

No mercado internacional, as cotações futuras do milho devolveram parte dos ganhos registrados na sessão anterior. As principais posições do milho fecharam a sessão desta quarta-feira com perdas entre 2,00 e 2,25 pontos. O vencimento março/15 era negociado a US$ 3,83 por bushel.

Assim como nos futuros da soja, a queda do petróleo, observada hoje, também refletiu no mercado do cereal. Paralelamente, os investidores observam a situação confortável entre a oferta e demanda mundial, fator negativo aos preços da commodity.

Ainda hoje, a AIE (istração de Informação e Energia) indicou a produção de etanol nos EUA mais restrita. Até a semana encerrada no dia 30 de janeiro, a média de produção do etanol ficou em 948 mil barris por dia. O número representa uma queda de 3% em relação à semana anterior.

Veja como fecharam os preços nesta quarta-feira:

>> MILHO

Tags:

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS 3if1d

Perspectiva de safra de milho robusta reduz os preços em Chicago, mas foco continua sendo a demanda pelo cereal
Milho fecha em alta na B3 apoiado pelo dólar e demanda maior pelo cereal do BR
Colheita de milho em MT atinge menos de 1% da área e tem atraso em seu início, aponta Imea
Radar Investimentos: mercado já sente a pressão da chegada do milho da safrinha
Pressionado pela entrada da safrinha, milho fecha 5ª feira com mais de 1% de baixa na B3
Vai faltar milho no mundo ainda em 2026 e cereal deverá valer mais no próximo ano
undefined