Pecuaristas estão mais preparados para enfrentar movimento de redução da demanda por parte dos frigoríficos, diz Scot 211664

Publicado em 21/01/2021 12:57 e atualizado em 21/01/2021 17:37
Estratégia funcionou no ano ado pois a maior parte dos animais vinha de confinamento. Agora a realidade é outra, avalia Scot Consultoria
Hyberville Neto - Analista da Scot Consultoria

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Entrevista com Hyberville Neto - Analista da Scot Consultoria sobre o Mercado do Boi Gordo 2c26z

 

 

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, analista da Scot Consultoria, Hyberville Neto, destacou que os pecuaristas estão acompanhando os movimentos de compras as indústrias frigoríficas para não ocorrer o mesmo cenário do final do ano ado, em que após a arroba atingir o patamar de R$ 300,00/@ as indústrias se retiraram das compras. 

“No final do ano ado, quando os frigoríficos pressionaram  a arroba devido às margens em níveis críticos, os pecuaristas tiveram que aceitar preços menores já que estavam com animais no confinamento com os custos elevados. Agora estamos no começo do ano com um período de chuvas que deve durar mais dois ou três meses e permite a retenção de animais no pasto por mais tempo”, comenta. 

O cenário de oferta restrita de animais segue contribuindo para os avanços dos preços da arroba. “Estamos observando valorização durante a segunda quinzena do mês, que tradicionalmente tem um baixo consumo. Ainda sim, a baixa disponibilidade de animais tem ditado o ritmo do mercado sem muita folga para quem precisa comprar boi”, afirma. 

As programações de abate atendem uma média de cinco dias úteis, mas registraram uma melhora nos últimos dias à medida que os valores da arroba se valorizam. 

Os preços da carne no atacado sem osso registraram uma valorização de 45% e os cortes no varejo tiveram um ganho de 16% se observado com os valores vistos no início do ano anterior. “Isso demonstra que o consumidor não está podendo pagar pela a carne com preços elevados. Como os cortes de dianteiro têm uma participação maior nas exportações acabou encarecendo os valores para o consumidor brasileiro”, ressalta. 

Com relação às margens das indústrias, o analista ainda destaca que a situação é mais atrativa para as empresas que atuam no mercado externo. “Os frigoríficos que trabalham apenas com desossa estão com uma rentabilidade bem apertada, mas para aqueles que exportam viram um aumento na média diária de até 13,8% nas duas semanas de janeiro se comparado com mesmo período do ano ado”, aponta. 

Por: Aleksander Horta e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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