Mesmo em período de entressafra, demanda fraca pressiona para baixo preços do leite e lácteos 733i6r
De acordo com o zootecnista da Scot Consultoria, rafael Ribeiro de Lima, o mês de maio deve trazer preços mais baixos ao produtor de leite, referente ao produto captado em abril. A razão para que este movimento esteja acontecendo é a fraca demanda, principalmente por produtos lácteos, como queijos e requeijões, muito utilizados pela cadeia de foodservice que segue fechada por causa da pandemia do coronavírus.
A média de preço calculada pela empresa com base em 18 estados ficou em R$ 1,30 por litro, e em R$ 1,60/litro com bonificação. A queda é de 0,2%, e este viés de baixa deve seguir pelo mês de maio, caso a demanda não se recupere.
Neste sentido, ainda que o preço do milho tenha cedido nas últimas semanas, os custos de pordução devem seguir estáveis, e com o período em que a alimentação dos animais precisa ser suplementada chegando e os preços pagos ao produtos com viés de baixa, as margens devem ficar pressioandas.
Ele explica a anormalidade da queda na produção, após quatro meses consecutivos de altas, comparando com a queda no mesmo período no ano ado.
"A redução na produção em março foi de 3% em relação a fevereiro, e em abril, recuo de 3,8% em relação a março. Em anos anteriores, neste período, a diminuição ficava entre 1%, 1,5%", disse.
Mesmo com a oferta mais limitada, a demanda caiu em proporções maiores, segundo ele, reduzindo, por exemplo, em 3,2% o preço da mussarela na segunda quinzena de abril.
Houve queda também no preço do leite UHT, na ordem de 2,7% na segunda quinzena de abril, ainda que a demanda esteja dentro de certa normalidade, conforme diz o especialista. Entretanto, esse recuo tem a ver com o excesso de oferta do produto, já que laticínios produtores de queijos têm direcionado o leite spot para fábricas maiores para a produção de leite em pó e UHT.