Estudo da CNA mostra que custos na produção e inflação aumentam sem prorrogação do Convênio ICMS 100 4v4p65
Se o Convênio ICMS 100 não for prorrogado, o agro vai ter prejuízos expressivos, como uma alta estimada de mais de 12% nos custos de produção, dependendo da cultura, além de um aumento na inflação prevista de até 9,5%, segundo estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). 2e6f3p
No caso da soja, por exemplo, o Custo Operacional Efetivo (COE), que mede os desembolsos no dia a dia da atividade, pode subir 12%, representando uma despesa de R$ 363,36 a mais por hectare para o cultivo da oleaginosa, caso o Convênio ICMS 100/1997 não seja renovado.
O convênio, que prevê a isenção tributária em operações internas e reduz a base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na comercialização interestadual de insumos agropecuários, vale até o dia 31 de março.
A renovação do benefício será decidida nesta sexta (12), em reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne os 27 secretários da Fazenda dos estados e do Distrito Federal. A CNA defende a prorrogação do benefício até o dia 31 de dezembro de 2023.
“A renovação é uma necessidade, tanto para que os produtores possam ter seus custos em patamares competitivos, quanto para a economia nacional, pois uma menor produção afetará a balança comercial brasileira”, afirmou o coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon.
Segundo ele, além de aumentar os custos de produção, o fim do incentivo vai elevar os preços dos produtos agropecuários para a população. Também não existe previsão de como o crédito pago será devolvido aos produtores, já que o ICMS é um tributo não cumulativo. “Questões técnicas não foram apresentadas pelo Confaz em relação a como esses créditos tributários seriam devolvidos ao produtor”, disse.
De acordo com os cálculos da CNA, o aumento do custo de produção do algodão pode ultraar 11% e os gastos para cultivar um hectare devem ter alta de R$ 1.194,34, totalizando custos adicionais de R$ 1,7 bilhão por ano.
Com o possível fim do Convênio 100, para cultivar laranja, o produtor terá de desembolsar R$ 1.371,07 a mais por hectare (alta de 8,2%). Para o arroz, o aumento será de R$ 425,40 por hectare, R$ 458,16 para o feijão e R$ 1.527,38 para a banana, altas de 6,8%, 12,3% e 8,1% respectivamente.
Segundo estimativa da CNA, as culturas de soja, algodão, arroz, feijão, laranja, banana, cana-de-açúcar, trigo, mamão, uva, manga, café e milho, juntos, podem sofrer impacto de cerca de R$ 30 bilhões a mais de custo, caso o benefício não seja renovado. No caso da pecuária, o aumento poderá ser de até R$ 20 bilhões.
0 comentário 6q1l5u

Brasil livre da febre aftosa traz desafios para a defesa agropecuária, avalia Anffa Sindical

Sebrae no Pará impulsiona R$ 9 milhões em negócios com agricultura familiar no estado

Índia reduz imposto de importação sobre óleo vegetal

Centenas de produtores rurais seguem mobilizados no RS, após voto do CMN "trazer mais frustração do que alívio"

CMN autoriza prorrogação de dívidas para produtores rurais gaúchos

ANDA debateu regulamentação de bioinsumos