CNA debate acordos internacionais de comércio no Senado 1b1u47
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) destacou a competitividade do agro brasileiro na audiência pública da Comissão de Relações Exteriores do Senado, na quinta (26), que discutiu os acordos internacionais em negociação. 4g6ey
“Somos favoráveis à abertura comercial do Brasil. O agro é um setor muito competitivo e entendemos que esse é um caminho de duas vias, exportação e importação”, afirmou Sueme Mori, coordenadora de Inteligência Comercial da CNA. “Falamos muito de superávit, mas ainda importamos muito pouco.”
De acordo com os representantes dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Relações Exteriores e Economia que também participaram da audiência, o Brasil tem uma pauta extensa para ampliar a rede de acordos internacionais, como, por exemplo, Vietnã, Indonésia e Coreia do Sul.
Sueme apresentou o grau de abertura do Brasil e mostrou que apesar de ter poucos acordos internacionais, nove no momento, o País é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo.
“A competitividade dos nossos produtores agropecuários mostra que mesmo sofrendo com as questões tarifárias e outras coisas, nosso desempenho é surpreendente”.
A coordenadora frisou que em 2020 o comércio mundial de bens e serviços teve uma queda de 12%, porém, as exportações agrícolas subiram 0,9%. Ela disse ainda que o comércio agrícola vem crescendo e que o Brasil está entre os protagonistas para garantir a segurança alimentar mundial.
Sobre os ganhos de abrir o País a novos mercados, Sueme disse que além da questão tarifária, há também o equilíbrio nas condições de competição, abertura de um canal de diálogo diferenciado, melhoria na logística e ganhos ao consumidor e ao produtor rural, que paga um preço inferior pelos insumos devido às negociações tarifárias.
“No caso da Coreia, com relação às barreiras sanitárias e fitossanitárias, por exemplo, se você tiver um canal de diálogo diferenciado que já negociou as bases dele no acordo, sem dúvida faz toda a diferença para a entrada real do produto naquele país”.
Sueme pontuou que, para melhorar as negociações internacionais, é necessário aumentar a competitividade dos produtos, melhorar a promoção comercial, ter o a financiamentos e criar uma cultura exportadora.
“O esforço para negociar é fundamental, mas há outras questões que fazem parte desse pacote de como fazer o Brasil ter uma participação maior lá fora. Se o País não tiver um produto competitivo não adianta negociar, por exemplo. Hoje temos 25 mil empresas exportadoras. É muito pouco para o tamanho do nosso País”.
A coordenadora de Inteligência Comercial da CNA afirmou que a confederação tem buscado diversificar a pauta internacional com o programa Agro.BR que, em parceria com a Apex-Brasil, apoia pequenos e médios empresários rurais com capacitação, montagem de portfólio entre outras ações.
“O foco desse projeto é a Ásia. Já temos um escritório na China, em Xangai, e em breve abriremos um em Singapura porque acreditamos que naquela região há muitas oportunidades ainda pouco aproveitadas,” disse. “Temos estudos para embasar as negociações e estamos à disposição para continuar contribuindo com o debate”.
0 comentário 6q1l5u

Agora considerado área livre de febre aftosa, Brasil precisa redobrar o cuidado para manter esse status

CoffeeCast #20 – Investimentos para fortalecer a cafeicultura brasileira

Securitização e Prorrogação: No RS, produtores não devem desfazer mobilizações até medidas concretas

Febrac avalia impacto do reconhecimento do Brasil livre de aftosa sem vacinação

Inauguração do Terminal de Aviação Executiva Luzia Maggi Scheffer coloca Mato Grosso definitivamente no mapa do setor

Podcast do NA #76 - Compra de insumos em plataformas digitais, modismo ou tendência?