Café: Bolsa de Nova York dá sequência às perdas da véspera nesta 5ª, mas ainda mantém patamar de US$ 1,60/lb 4m6a5u
Ainda realizando ajustes ante as recentes altas, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com queda próxima de 100 pontos nesta tarde de quinta-feira (20) e estendem as perdas registradas na véspera. Apesar da baixa, os operadores no terminal externo seguem atentos ao clima adverso no cinturão produtivo do Brasil, que está em plena florada da safra comercial 2017/18 e problemas neste momento poderiam atrapalhar o abastecimento no próximo ano. 38636k
Ainda que os preços externos do grão recuem pela segunda sessão seguida, eles continuam próximos de US$ 1,60 por libra-peso. Pelo horário de Brasília, às 12h25, o vencimento dezembro/16 estava cotado a 156,75 cents/lb com queda de 110 pontos, o março/17 registrava 160,25 cents/lb também com recuo de 110 pontos. Já o contrato maio/17 estava sendo negociado a 162,35 cents/lb com 115 pontos negativos e o julho/17, mais distante, recuava 110 pontos, cotado a 164,25 cents/lb.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, esse recuo nos preços externos do arábica são motivados por realizações de lucros. Essa correção técnica na Bolsa de Nova York, iniciada ontem (19), já era esperada pelos envolvidos de mercado uma vez que os preços vinham de uma escalada de valorizações. "Preocupações recentes sobre chuvas irregulares, que atrapalham o período de floração no Brasil, elevaram os preços arábica nas últimas cinco sessões", informou a agência de notícias Reuters recentemente.
Apesar da queda, o mercado segue bastante atento às condições climáticas no cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo. Mapas climáticos apontam previsão de pancadas de chuvas nos próximos dias em algumas áreas produtoras após dias quentes e secos em boa parte do cinturão. Um bloqueio atmosférico e instabilidades tropicais devem contribuir para acumulados razoáveis no Paraná, São Paulo, sul de Minas Gerais e Cerrado. O calor também deve diminuir.
Durante o 42º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras, em Serra Negra (SP), o presidente da Fundação Procafé, José Edgard Pinto Paiva revelou as projeções baixistas da entidade para a próxima safra do país. "Na média, teríamos no próximo ano uma produção de 39 milhões de sacas entre arábica e robusta, isso representa uma queda de 20% em relação a 2016. Esses números não são finais, porque ainda são necessários levantamentos de campo, mas refletem a realidade do mercado", explica.
No Brasil, os negócios com café seguem lentos com os produtores à espera de patamares ainda mais altos diante da perspectiva de safra complicada no próximo ano. Com a escassez de café robusta, as torrefadoras têm utilizado tipos de arábica de menor qualidade. Isso tem contribuído para a liquidez em algumas praças de comercialização do país.
Na terça-feira, a diferença entre os valores das variedades foi de apenas R$ 8,07 a saca, com o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechando a R$ 515,16 a saca.
Ontem (19), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 515,16 com desvalorização de 0,49%.
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