Preços do café fecham sessão desta 4ª feira (21) em posições opostas nas bolsas internacionais 6v55a
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Segundo o Barchart, a queda do índice do dólar index nesta quarta-feira (21) para a mínima em duas semanas desencadeou a venda a descoberto de futuros de café. E um aumento nos estoques de café da ICE limitou os ganhos nos preços. Os estoques de robusta atingiram o maior nível em 8 meses, com 5.341 lotes, e os de arábica atingiram o maior nível em 3 meses e meio, com 876.019 sacas.
O mercado segue pressionado por uma melhor oferta para a safra brasileira de 2025. O USDA divulgou essa semana que diante de condições climáticas adversas ao longo de 2024, especificamente em Minas Gerais, o desenvolvimento dos frutos do café arábica
foi prejudicado e a produção da variedade está estimada em 40,9 milhões de sacas, contabilizando uma redução de 6,4% em relação à safra anterior. Já para a safra de robusta, o Departamento projetada em 24,1 milhões de sacas,15% acima dos 21 milhões projetados em 2024. A produção total de café do Brasil está estimada então em um total de 65 milhões
de sacas de para essa temporada, o que equivale um aumento de 0,5% em relação ao ano anterior. O USDA prevê também que produção do Vietnã aumente para 31 milhões de sacas.
Relatório da StoneX destaca que, apesar da menor produção de café arábica, o forte incremento na produção de robusta compensou parcialmente as perdas do arábica. Além disso, o avanço da colheita deve trazer alívio, pelo menos no curto prazo, para o cenário de oferta restrita que o Brasil vem enfrentando.
Informações da Hedgepoint apontam que a colheita do Brasil é fundamental para o mercado, já que o país responde por cerca de 40% do comércio global. Como a colheita do Conilon normalmente ganha ritmo mais rápido que o do Arábica, a tendência é que a primeira variedade seja mais redirecionada para o mercado doméstico brasileiro. Atualmente, a colheita do Conilon está em 11% no Brasil, enquanto o Arábica, apenas à 4%, levando o total nacional à 7%, abaixo da média de 10% das últimas safras. "O ritmo mais lento da colheita foi reflexo das chuvas das últimas semanas em diversas regiões produtoras, como o Espírito Santo, Bahia, Rondônia e Matas de Minas. Alguns produtores ainda podem preferir esperar uma maior maturação dos grãos e menor umidade para colherem seus cafés, à medida que a maior parte destes estão capitalizados nesta safra", completou a analista de café da empresa, Laleska Moda.
De acordo com o analista de mercado da Archer Consulting, Marcelo Fraga Moreira, por enquanto do lado fundamental nada mudou."O cenário mundial segue com estoques justos, com a produção mundial projetando um déficit contra o consumo mundial (novamente um déficit entre 9 a 17 milhões de sacas), e com a projeção para o índice estoque x consumo global no final de junho/26 ainda ficando praticamente zerado”, completou o analista para o portal Investing.
Em NY, o arábica fecha a sessão com alta de 100 pontos no valor 370,30 cents/lbp no vencimento de julho/25, e um aumento de 105 pontos no de setembro/25 e no de dezembro/25 no valor de 367,45 cents/lbp e 362,40 cents/lbp.
O robusta registra alta de US$ 6 no valor de US$ 4,884/tonelada no contrato de maio/25, sem variação e cotado por US$ 4,903/tonelada no de julho/25, uma queda de US$ 6 no valor de US$ 4,889/tonelada no de setembro/25, e uma perda de US$ 3 negociado por US$ 4,856/tonelada no de novembro/25.
Mercado Interno
O mercado físico brasileiro apresentou pouca movimentação nesta quarta-feira, e as áreas monitoradas pelo Notícias Agrícolas seguiram os ganhos da bolsa de NY.
O Café Arábica Tipo 6 fecha com ganho de 0,80% em Campos Gerais/MG no valor de R$ 2.510,00/saca, um aumento de 0,81% em Guaxupé/MG negociado por R$ 2.496,00/saca,
e uma alta de 0,40% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.510,00/saca. Já o Cereja Descascado registra o avanço de 0,78% em Guaxupé/MG e Campos Gerais/MG no valor de
R$ 2.593,00/saca e R$ 2.570,00/saca, e um aumento de 0,38% em Poços de Caldas/MG no valor de R$ 2.630,00/saca.
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