Pelo segundo dia consecutivo, as cotações exibem valorizações mais expressivas. Ainda ontem, os preços foram impulsionados pelas novas projeções sobre a safrinha brasileira, estimada em 43.053,6 milhões de toneladas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), segundo os analistas.
O número ficou bem abaixo do projetado no mês anterior, de 49.995,5 milhões de toneladas. E, no ano ado, os produtores brasileiros colheram uma safra ao redor de 54,590,5 milhões de toneladas do cereal, ainda conforme números oficiais da Conab.
E contabilizando todos os números divulgados pela entidade, os estoques finais deverão ficar próximos de 4,47 milhões de toneladas. O volume é pouca coisa menor do que o consumo mensal do Brasil, de 4,5 milhões de toneladas.
Além disso, a alta mais forte registrada em Chicago também ajuda a dar e aos preços do cereal. Em contrapartida, o dólar trabalha em campo negativo nesta sexta-feira. A moeda norte-americana era cotada a R$ 3,2927 na venda, com queda de 2,17%, perto das 12h20 (horário de Brasília).
Bolsa de Chicago
Em Chicago, as cotações futuras da commodity também trabalham em alta na sessão desta sexta-feira (8). Por volta das 12h49 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ganhos entre 7,50 e 9,00 pontos. O contrato julho/16 era cotado a US$ 3,44 por bushel e o março/17 a US$ 3,65 por bushel.
As cotações ainda esboçam uma tentativa de recuperação após as perdas recentes. As lavouras de milho estão em momento de definição de produtividade, em estágio de polinização. Por enquanto, as previsões ainda indicam chuvas para o Meio-Oeste dos EUA, o que fez com que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) mantivesse em 75% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições.
"Estamos no mercado climático e em pleno desenvolvimento da produção de milho. Sem contar que a projeção de redução na produção brasileira feita pela Conab também ajuda a dar e aos preços no mercado internacional, já que abre mais espaço para as exportações do grão dos EUA", disse a analista de mercado da FCStone, Ana Luiza Lodi.
Ainda hoje, o USDA reportou seu novo boletim de vendas para exportação. No caso do milho, as vendas ficaram em 813 mil toneladas na semana encerrada no dia 30 de junho. O volume ficou abaixo das apostas dos investidores, entre 900 mil a 1,3 milhão de toneladas do grão.
Da safra 2015/16, foram vendidas 369,8 mil toneladas do cereal. Já da nova temporada, o número ficou 443,2 mil toneladas. Por outro lado, os participantes do mercado já se posicionam frente ao novo relatório de oferta e demanda do departamento que será divulgado na próxima segunda-feira (11).
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Cácio Ribeiro de Paula Bela Vista de Goiás - GO 08/07/2016 14:42 s76z
Caiu a ficha da CONAB na mesma velocidade das perdas de rendimento das lavouras de milho segunda safra do Brasil. Antes tarde que nunca!!
Talvez com o novo ministro a Conab reconheça que a pior coisa para os preços é a mentira dos números.