Com impulso do trigo e focado no clima nos EUA, milho fecha 5ª feira com leve alta na CBOT 1186
O pregão desta quinta-feira (15) foi positivo aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Após iniciarem o dia em queda, as principais posições do cereal voltaram a trabalhar do lado azul da tabela e encerraram o dia com valorizações entre 2,00 e 2,50 pontos. O setembro/17 era cotado a US$ 3,79 por bushel, enquanto o dezembro/17 finalizou a sessão a US$ 3,97 por bushel. 6w5k2v
As cotações do milho continuam sendo direcionadas pelo clima no Meio-Oeste americano. "O cinturão produtor de milho em geral deve receber entre 25,4 mm até 50 mm nos próximos dias, com a previsão de 6 a 10 dias", destacou a Reuters Internacional.
Porém, os mapas climáticos divergem quanto às chuvas. Enquanto alguns modelos indicam precipitações em algumas localidades, o modelo europeu mostra grandes lacunas sem precipitações.
Até o início da semana, em torno de 67% das lavouras do grão apresentavam boas ou excelentes condições, conforme levantamento do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os números serão atualizados na próxima segunda-feira.
Outro fator que também contribuiu para o tom positivo aos negócios foi a forte valorização nos preços do trigo. Os futuros do cereal subiram mais de 11 pontos, uma valorização de mais de 2,5% na Bolsa de Chicago. O setembro/17 ra cotado a US$ 4,69 por bushel e o dezembro/17 era negociado a US$ 4,90 por bushel.
Segundo dados do Agrimoney.com, as cotações atingiram os patamares mais altos em um ano. Os preços foram impulsionados pelas preocupações com o clima não só nos Estados Unidos, mas em outros países.
"A compra também foi encorajada por preocupações com o clima fora dos EUA, especialmente com apreensões na União Europeia e na Ucrânia", destacou Richard Feltes no RJ O'Brien, ao Agrimoney.com.
Além disso, o clima seco na Austrália tem sido visto como uma preocupação pelo mercado. Embora ainda no começo da temporada, o portal internacional reforça que a umidade do solo está abaixo do ideal. "O desempenho do mercado do trigo também é decisivo para os preços do milho. Cerca de 15% da produção mundial de trigo vai para ração animal; na União Europeia este índice sobe para 40%. Daí a estreita ligação entre estes dois cereais", destacou a Granoeste Corretora de Cereais.
Ainda hoje, o USDA divulgou seu boletim de vendas semanais. No caso do milho, as vendas somaram 600,7 mil toneladas na semana encerrada no dia 8 de junho.
Assim como no caso da soja, o número ficou dentro do esperado pelo mercado, entre 500 mil a 700 mil toneladas. Até o momento, o total comprometido pelos americanos chega a 54.617,2 milhões de toneladas. O USDA projeta exportações de 56,52 milhões de toneladas do grão na temporada.
Para a safra nova, as vendas de milho somaram 13,5 mil toneladas. Número bem abaixo do projetado pelos investidores, algo entre 100 mil a 300 mil toneladas do grão.
Mercado brasileiro
Devido ao feriado de Corpus Christi, comemorado nesta quinta-feira no Brasil, não houve negociação no mercado interno. A comercialização deverá ser retomada nesta sexta-feira (16). Clique aqui e confira informações desta quarta-feira.
0 comentário 6q1l5u

Perspectiva de safra de milho robusta reduz os preços em Chicago, mas foco continua sendo a demanda pelo cereal

Milho fecha em alta na B3 apoiado pelo dólar e demanda maior pelo cereal do BR

Colheita de milho em MT atinge menos de 1% da área e tem atraso em seu início, aponta Imea

Radar Investimentos: mercado já sente a pressão da chegada do milho da safrinha

Pressionado pela entrada da safrinha, milho fecha 5ª feira com mais de 1% de baixa na B3

Vai faltar milho no mundo ainda em 2026 e cereal deverá valer mais no próximo ano