Mesmo com dólar em alta, milho fecha 2ªfeira recuando 1,1% na B3 a6416
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A segunda-feira (14) chegou ao final com os preços futuros do milho concretizando um dia de movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações começaram a semana recuando e flutuando na faixa entre R$ 53,07 e R$ 64,82.
O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 53,07 com desvalorização de 1,19%, o novembro/23 valeu R$ 57,44 com queda de 1,07%, o janeiro/24 foi negociado por R$ 61,09 com baixa de 0,83% e o março/24 teve valor de R$ 64,82 com perda de 0,55%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as posições do milho se acomodaram na B3 juntamente com as movimentações de Chicago, mas poderiam estar melhores já que o dólar subiu ante ao real nesta segunda-feira.
“O mercado de exportação de porto está com nível até melhor do que está a B3. Paranaguá vai de R$ 58,00 no spot curto para setembro, R$ 59,00 no outubro e até R$ 60,00 no dezembro e começo de janeiro. Em Santa Catarina, o porto de São Francisco é o que paga melhor, o mais curto é R$ 59,00, o janeiro é R$ 62,00 e fevereiro e março vão para R$ 63,00. Santos varia de R$ 60,00 no mais curto à R$ 61,00 no outubro”, relata.
Ao longo das duas primeiras semanas de agosto, o Brasil registrou embarque de 3.148.433 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o novo reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso já representa 42,2% do total exportado em agosto de 2022 (7.446.091,3 toneladas).
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Com isso, a média diária de embarques destes 9 primeiros dias úteis ficou em 349.825,9 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano ado, representa elevação de 8,1% com relação as 323.743,1 do oitavo mês de 2022.
“Tem mais compradores no milho de outubro em diante, porque os próximos meses já tem muito milho contratado para exportação”, destaca Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho se movimentou pouco neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em Cândido Mota/SP e percebeu desvalorizações nas praças de Sorriso/MT, Rio Verde/GO e Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, o avanço da colheita da segunda safra brasileira de milho, novas estimativas oficiais indicando produção recorde no país e a melhora do clima nos Estados Unidos mantiveram compradores afastados do mercado spot nacional ao longo da semana ada.
Segundo pesquisadores do Cepea, nesse cenário, os negócios estiveram em ritmo lento, e os preços, em queda. “Vale lembrar que o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) opera nos menores patamares nominais desde agosto de 2020. No campo, em relatório divulgado nesta semana, a Conab reajustou positivamente a estimativa de produção para o milho segunda safra para 100,18 milhões de toneladas – um novo recorde. Com isso, a produção nacional de milho da safra 2022/23 é estimada em 129,96 milhões de toneladas, também recorde”.
Mercado Externo 6l6w63
Já os preços internacionais do milho futuro, operaram no campo negativo da Bolsa de Chicago (CBOT) ao longo da maior parte do dia, mas encerraram a segunda-feira praticamente estáveis, com apenas leves elevações.
O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 4,75 com valorização de 1,25 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 4,87 com ganho de 0,50 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 5,01 com alta de 0,25 pontos e o maio/24 teve valor de US$ 5,10 com estabilidade.
Esses índices representaram estabilidade, com relação ao fechamento da última sexta-feira (11), para o dezembro/23, para o março/24 e para o maio/24, além de elevação de 0,21% para o setembro/23.
O site internacional Successful Farming destaca a recuperação das perdas do milho em Chicago nesta segunda-feira e que agora o mercado aguarda o novo relatório de progresso de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) nesta segunda-feira.
“O relatório mostrará classificações mais altas de milho e soja, já que estão se aproximando do que eram no ano ado”, relata Al Kluis, diretor-gerente da Kluis Commodity Advisors, em nota repercutida pela publicação.
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