Milho segue o dólar nesta 6ªfeira e sobe 1,3% na B3, mas fecha semana ainda negativo com lentidão nas vendas 28182z
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A sexta-feira (20) chegou ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 67,85 e R$ 71,20, subindo até 1,3%, mas ainda acumulando revezes semanais.
O vencimento novembro/24 foi cotado à R$ 67,85 com valorização de 1,37%, o janeiro/25 valeu R$ 70,20 com alta de 1,34%, o março/25 foi negociado por R$ 71,20 com ganho de 0,68% e o maio/25 teve valor de R$ 69,85 com elevação de 0,87%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram baixas de 1,25% para o setembro/24, de 0,52% para o janeiro/25, de 0,64% para o março/25 e de 0,53% para o maio/25, além de ganho de 0,07% para o novembro/24, com relação ao fechamento da última sexta-feira (13).

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho ficou praticamente estável neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas na praça de Sorriso/MT.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise da Agrinvest, a forte valorização do dólar nesta sexta-feira acabou atingindo os futuros do milho na B3 neste pregão.
“Apesar disso, o cereal brasileiro fechou a semana com quedas, já que a baixa dos níveis dos rios Madeira e Tapajós continua afetando negativamente a capacidade de escoamento dos grãos direcionados aos portos do Arco Norte”, acrescenta a consultoria.
“Com o programa de exportação brasileiro menor do que o previsto anteriormente, o mercado avalia que os estoques de agem do milho serão maiores, o que levou os compradores a terem uma postura mais retraída no começo da semana. Apesar disso, na quarta e quinta-feira, tivemos bons volumes de negócios reportados, dada a maior flexibilidade do produtor em negociar e do retorno de alguns compradores para o mercado, buscando cobrir suas posições de outubro, novembro e parcial para dezembro”, relatam os analistas da Agrinvest.
O Analista de Mercado da Grão Direto, Ruan Sene, também destaca esta relação de exportações brasileiras menores do que as esperadas como fator de pressão no mercado brasileiro de milho. Ele destacou que muitos países estão importando menos milho do Brasil, refletindo uma demanda internacional estável, ou até menor em alguns casos, como o da China, que importou 60% menos do Brasil entre janeiro e agosto de 2024 com relação ao mesmo período de 2023.
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Na Bolsa de Chicago (CBOT) os preços internacionais do milho futuro finalizaram o pregão de sexta-feira contabilizando movimentações negativas de até 0,9% e acumulando desvalorizações semanais de até 2,7%. Essa foi a primeira semana negativa para as cotações na CBOT após as três últimas semanas contabilizarem valorizações.
O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,01 com queda de 4 pontos, o março/25 valeu US$ 4,20 com perda de 4,25 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,31 com desvalorização de 4,25 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,37 com baixa de 4,25 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (19), de 0,99% para o dezembro/24, de 1% para o março/25, de 0,98% para o maio/25 e de 0,96% para o julho/25.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram desvalorizações de 2,78% para o dezembro/24, de 2,55% para o março/25, de 2,38% para o maio/25 e de 2,23% para o julho/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (13).

Segundo informações da Agrinvest, a entrada da colheita de milho nos Estados Unidos, aliada ao bom ritmo de embarques de trigo no Mar Negro, vêm exercendo pressão sobre os preços dos cereais nesta semana.
“Como resultado, tanto milho quanto o trigo encerraram a semana em baixa, após três semanas consecutivas de alta. A ausência de compras de milho pela China também tem prejudicado a demanda global”, destacam os analistas da consultoria.
Para o Analista de Mercado da Grão Direto, Ruan Sene, com a colheita do milho dos Estados Unidos ganhando ritmo a partir de agora, a tendência é de mais pressão de oferta aparecendo no mercado internacional e de manutenção dos preços pressionados.
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