Milho fecha em alta na B3 apoiado pelo dólar e demanda maior pelo cereal do BR 633rk

Publicado em 30/05/2025 16:26
Já em Chicago, futuros do cereal acumulam perda de 3% na semana

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A semana foi volátil para os preços do milho na B3, apesar das leves altas que se observaram no pregão desta sexta-feira (30). Os futuros do cereal vão concluindo o dia com ganhos de 0,3% a 0,5% entre as posições mais negociadas, levando o julho a R$ 62,92, o setembro a R$ 64,06 e o janeiro a R$ 71,41 por saca. 

Nesta sessão, o mercado encontrou algum e na alta do dólar frente ao real - de quase 0,9%, levando a moeda norte-americana de volta aos R$ 5,72. Afinal, ao menos por enquanto, os fundamentos mantêm o mercado pressionado, em especial a chegada da segunda safra brasileira, que vem registrando altos índices de produtividade e alta qualidade. 

De outro lado, porém, o milho brasileiro tem se mostrado o mais competitivo no mercado internacional, atrai a demanda e esse é mais um fator de sustentação às cotações. 

"Teremos uma safra muito boa, salvo um problema nunca antes visto na história com frio excessivo, e eu falo isso porque nunca tivemos uma grande perda, considerável, por conta de geadas. Então, é um mercado que vai estar pressionado pela grande oferta do Brasil, somada a uma safra americana que vem muito bem. Por outro lado, a demanda é muito agressiva. O estoque mundial deve cair pelo segundo ano consecutivo, mesmo com os EUA produzindo mais de 400 milhões de toneladas, e o mundo vai consumir mais milho do que produzir. E isso, por si só, já é um fator positivo", explica o executivo. 

Assim, o mercado vai definindo sua tendência, ainda pressionado por hora pelos fundamentos de oferta nova chegando, mas sustentados pela demanda crescendo pelo milho brasileiro. "Nesta semana, o Brasil ganhou um tender para o fornecimento de milho à Ásia, o que acabou aumentando a pressão sobre o milho americano", informou a Agrinvest Commodities. 

BOLSA DE CHICAGO

E em Chicago, os preços do grão terminaram o dia recuando, registrando uma desvalorização acumulada de 3%, ainda segundo a consultoria. As baixas nas posições mais negociadas variaram de 2,25 a 4 pontos, com o julho valendo US$ 4,44 e o setembro, US$ 4,23 por bushel. O dezembro, que é mais um vencimento de referência para a safra americana, terminou a sexta-feira com US$ 4,38. 

"A expectativa de melhora do clima nos EUA - mais quente e seco para os próximos dias - traz a perspectiva de bons avanços no plantio da safra 2025/26 e desenvolvimento inicial das lavouras. Mesmo com especulações no mercado de que o USDA possa revisar para baixo a área e produtividade do milho americano para a nova temporada, é esperada uma grande oferta para os próximos meses. Somado a isso, a forte competitividade do milho do Brasil e da Ucrânia acaba gerando pressão adicional ao ativo", detalham os analistas da Agrinvest. 

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Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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