Ibovespa sobe com Vale e Petrobras após acordo China-EUA em dia cheio de balanços 6t551p
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Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta segunda-feira, sustentado principalmente por Vale e Petrobras, após China e Estados Unidos chegarem a um acordo para reduzir temporariamente tarifas comerciais recíprocas, mas o fôlego era atenuado por realização de lucros após se aproximar da máxima histórica.
A temporada de resultados no Brasil também permanece sob os holofotes, incluindo os números do BTG Pactual conhecidos antes da abertura e os balanços de Petrobras, Sabesp, Natura&Co, IRB(Re), entre outros, após o fechamento.
Por volta de 10h40, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, avançava 0,49%, a 137.184,31 pontos, chegando a 137.519,33 pontos no melhor momento mais cedo - perto da máxima histórica intradia de 137.634,57 pontos, registrada na semana ada.
O volume financeiro no pregão desta segunda-feira somava R$4 bilhões.
Buscando encerrar uma guerra comercial que alimentou temores de recessão e abalou os mercados financeiros, o governo norte-americano reduzirá tarifas extras impostas às importações chinesas em abril deste ano de 145% para 30% e as taxas chinesas sobre as importações dos EUA cairão de 125% para 10%.
As novas medidas terão validade por 90 dias, conforme comunicado conjunto divulgado pelas duas maiores economias do mundo nesta segunda-feira, após reuniões em Genebra no fim de semana por representantes de Washington e Pequim.
De acordo com Simon Penn, UBS Knowledge Network, a notícia é bastante positiva, pelo menos no papel.
"A mensagem básica é que a China e os EUA concordaram em desfazer a grande maioria das, digamos, tarifas retaliatórias que impam um ao outro... Há um pequeno debate sobre o que os EUA ainda estão impondo à China...mas é uma desescalada significativa", afirmou em comentários no site do UBS.
Em Nova York, o S&P 500, referência do mercado acionário brasileiro, avançava 2,6%.
"A notícia de que China e os Estados Unidos concordaram em reduzir - ao menos momentaneamente - as tarifas para o comércio entre os dois países, naturalmente, soa como música aos ouvidos dos investidores", acrescentou a equipe da Ágora Investimentos, em relatório a clientes.
"Claramente esse é um ambiente que sugere ganhos por aqui também... A dúvida, porém, é se a trégua entre as duas maiores economias do mundo pode reduzir a força do movimento de rotação global de recursos que vinha estimulando a tomada de risco em nosso mercado, mas ainda é muito cedo para saber", pontuou.
DESTAQUES
- VALE ON subia 3,7%, acompanhando a reação dos preços futuros do minério de ferro na China ao acordo entre Washington e Pequim para reduzir tarifas recíprocas temporariamente. O contrato mais negociado em Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 3,16%.
- PETROBRAS PN valorizava-se 3,75%, apoiada pela alta do petróleo no exterior, onde o barril de Brent subia 3,25%, enquanto agentes aguardam o balanço da estatal após o fechamento do mercado. A média de projeções de analistas compiladas pela LSEG aponta lucro líquido de R$31,7 bilhões.
- BTG PACTUAL UNIT cedia 1,18%, em dia mais negativo para bancos, apesar do balanço do primeiro trimestre, com receita de R$6,837 bilhões e lucro líquido ajustado de R$3,367 bilhões, ambos recordes, enquanto o retorno ajustado sobre o patrimônio (ROAE) ajustado aumentou para 23,2%.
- BANCO DO BRASIL ON recuava 1,63%, tendo no radar adiamento da divulgação do balanço prevista para esta segunda-feira para a quinta-feira. No setor, após uma semana positiva, ITAÚ PN caía 1,32%, BRADESCO PN cedia 1,46%, SANTANDER BRASIL UNIT perdia 0,93%.
- BRASKEM PNA avançava 5,95%, com agentes também repercutindo a divulgação na madrugada de sábado pela petroquímica de lucro líquido de R$698 milhões no primeiro trimestre deste ano, revertendo um prejuízo de R$1,35 bilhão no mesmo período do ano ado.
- MINERVA ON subia 0,4%, com o noticiário incluindo acordo de leniência assinado com a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria-Geral da União (CGU), que prevê pagamento de R$22 milhões pela companhia à União, em decisão com base na lei Anticorrupção por eventos anteriores a 2018.
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