Dólar tem leve baixa em dia de agenda esvaziada e fecha semana em R$5,6690 4v605q
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Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar ou nesta sexta-feira por uma sessão de acomodação após o avanço firme da véspera, oscilando em margens estreitas até encerrar em leve baixa ante o real, em um dia de agenda relativamente esvaziada e sem gatilhos fortes para as cotações.
O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,20%, aos R$5,6690. Na semana, a divisa acumulou alta de 0,25%.
Às 17h18, na B3, o dólar para junho -- atualmente o mais líquido – cedia 0,33%, aos R$5,6845.
Na quinta-feira o dólar havia subido 0,84%, com investidores se apegando a especulações de que o governo estaria preparando um pacote de gastos para alavancar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, ano de eleição, com medidas que poderiam incluir um possível reajuste do Bolsa Família. A percepção era de que as medidas prejudicariam o ajuste fiscal brasileiro.
Ainda que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha desmentido haver estudos no governo para o reajuste do Bolsa Família -- o que já tinha sido negado pelo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias -- e insistido que sua pasta trabalha apenas em medidas fiscais pontuais "para o cumprimento da meta fiscal”, o dólar se manteve em alta na véspera.
Nesta sexta-feira, a divisa chegou a acelerar os ganhos no período da manhã, superando os R$5,70, mas o impulso não se sustentou e o dólar retornou para perto da estabilidade.
A elevação do dólar na quinta-feira “foi Tesouraria de banco trabalhando para ganhar dinheiro, porque os fundamentos não justificariam uma alta assim”, comentou nesta sexta-feira João Oliveira, head da Mesa de Operações do Banco Moneycorp.
“Então, o dólar subiu ontem, e hoje manteve o nível, mesmo porque o fluxo diminui um pouco às sextas-feiras”, acrescentou, chamando atenção ainda para a agenda esvaziada no Brasil e no exterior.
Após marcar a cotação máxima de R$5,7147 (+0,61%) às 10h07, o dólar à vista atingiu a mínima de R$5,6615 (-0,33%) às 15h49, para depois encerrar próximo disso.
No exterior, a divisa norte-americana subia ante moedas fortes como o iene, o euro e a libra, mas tinha no fim da tarde sinais mistos ante as moedas de países emergentes – cedia ante o real e o peso mexicano, por exemplo, mas avançava ante o peso chileno e a lira turca.
Às 17h11 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,31%, a 101,080.
Pela manhã o BC vendeu toda a oferta de 30.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de junho de 2025.
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