Mercado de defensivos biológicos deve avançar 33% no Brasil em 2021, diz CropLife 1o46q
216v6n
As vendas da indústria de defensivos agrícolas biológicos devem crescer 33% neste ano, para 1,79 bilhão de reais, estimou nesta segunda-feira a entidade que representa o setor CropLife, ressaltando um avanço na participação da soja, cultura que já lidera este mercado em valor.
Com base em dados levantados pela consultoria Blink, a CropLife acredita que a participação da oleaginosa nas vendas de produtos biológicos deve ar de 44% para 46% no comparativo anual.
Em valor de mercado, há um avanço estimado para a soja de 596 milhões de reais, para 829 milhões em 2021.
"Além do maior nível de capitalização dos produtores de soja, há também grande incidência de pragas e doenças, e muitos lançamentos de produtos voltados para esta cultura (nos últimos anos), que é vista pela indústria como porta de entrada", afirmou Lars Schobinger, sócio-diretor da consultoria Blink, durante evento transmitido pela internet.
Ele destacou que estes defensivos são muito utilizados nas lavouras da oleaginosa para controle de nematóides e lagartas.
Os negócios com cana-de-açúcar também têm projeções promissoras, segmento onde o mercado de biológicos tende a crescer de 264 milhões de reais em 2020 para 353 milhões neste ano, conforme o levantamento.
A diretora executiva da Croplife, Amália Borsari, explicou que os produtos biológicos são aqueles insumos agrícolas desenvolvidos a partir de um ingrediente ativo que seja natural, considerado "ativo biológico".
Segundo ela, esses ativos, em sua maioria, são de baixa toxicidade quando comparados aos agroquímicos tradicionais e agem com o objetivo de eliminar a praga alvo sem agredir o meio ambiente.
O uso deste tipo de defensivo permite a manutenção de insetos benéficos na lavoura (inimigos naturais de pragas) e diminuem a dependência de aplicações constantes de outros produtos.
"Neste sentido, o biológico já não entra mais como alternativa, é quase um componente obrigatório entre os agricultores 4.0 (mais tecnificados)", disse Amália.
Apesar dos benefícios, a adoção de produtos deste nicho está estimada em torno de 20% das áreas agrícolas brasileiras.
Considerando o clima tropical e a alta incidência de pragas e doenças, o uso de biológicos precisa ser feito, em geral, junto com outros químicos.
Para a diretora da CropLife, o grande potencial de expansão desses defensivos está na área de grãos. Além disso, a adesão pode ser maior entre os grandes agricultores porque são produtos que demandam mais acompanhamento técnico e manejo, embora o setor também esteja em ascensão entre pequenos e médios produtores.
Em uma expectativa de longo prazo, a análise da Blink indica que o mercado de biológicos pode crescer mais 107% até 2030, para 3,69 bilhões de reais.
0 comentário 6q1l5u

Brasil livre da febre aftosa traz desafios para a defesa agropecuária, avalia Anffa Sindical

Sebrae no Pará impulsiona R$ 9 milhões em negócios com agricultura familiar no estado

Índia reduz imposto de importação sobre óleo vegetal

Centenas de produtores rurais seguem mobilizados no RS, após voto do CMN "trazer mais frustração do que alívio"

CMN autoriza prorrogação de dívidas para produtores rurais gaúchos

ANDA debateu regulamentação de bioinsumos