Dólar cai 0,18% com dado de emprego dos EUA; na semana, cede 1,08% 545725
216v6n
Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar terminou a sexta-feira em baixa ante o real, influenciado pelos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos mais fracos do que o esperado e que podem levar o banco central norte-americano a adiar o aumento do juros no país.
O dólar recuou 0,18 por cento, a 3,2166 reais na venda. Na mínima do dia, a moeda bateu em 3,1918 reais e, na máxima, a 3,2422 reais. Na semana, a moeda recuou 1,08 por cento. O dólar futuro cedia cerca de 0,4 por cento nesta tarde.
"Apesar do dado do mercado de trabalho, o dólar ficou volátil. Depois de cair quase 1 por cento, ou a subir e, no final das contas, ficou no negativo com o exterior", comentou um profissional de câmbio de um banco nacional.
O Departamento do Trabalho informou que a criação de vagas nos Estados Unidos somou 156 mil em setembro, abaixo da previsão dos analistas de abertura de 175 mil postos.
"O dado norte-americano veio muito abaixo do esperado o que diminui a possibilidade de o Fed aumentar os juros. Nem mesmo a Mester defendendo alta dos juros vai colar hoje, o número é o que importa", disse pela manhã o operador da corretora Advanced, Alessandro Faganello.
Pouco antes da pesquisa do Departamento do Trabalho, levantamento do CME indicava que os operadores viam 64 por cento de chance de o Federal Reserve elevar os juros na reunião de dezembro, número estável em relação à véspera.
À tarde, segundo profissionais das mesas, essa chance estava em 64,5 por cento.
A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, disse que o crescimento do emprego dos Estados Unidos no mês ado foi "sólido", apesar de ter desacelerado ante os meses anteriores, e que ela continua a acreditar que é apropriado para o banco central norte-americano elevar os juros.
A moeda norte-americana, no entanto, operou em alta. Fluxo comprador içou a moeda quando ela cedeu abaixo de 3,20 reais, e o movimento contou com a contribuição do vice-chair do Fed, Stanley Fischer, que fez declarações reforçando a fala de mais cedo de Mester.
Segundo Fischer, o relatório de emprego desta sexta-feira está perto de uma leitura ideal, o que mostra que a economia avançou, mas não rápido demais para apresentar riscos.
"Houve uma reação muito exagerada quando saiu o dado do mercado de trabalho norte-americano, então muitos investidores também aram a zerar posições vendidas", comentou o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado.
A moeda norte-americana tem se sustentado num nível entre 3,20 reais e 3,30 reais, a que o mercado se refere como uma 'banda' informal.
A expectativa pelo final de semana prolongado, já que segunda-feira é feriado nos Estados Unidos, e pelo segundo debate entre os candidatos à Presidência dos EUA Hillary Clinton (Democrata) e Donald Trump (Republicano) também ajudou a amenizar a forte tendência de queda vista pela manhã.
Internamente, a aprovação da PEC do teto dos gastos na quinta-feira pela comissão especial da Câmara, a expectativa de que o plenário aprove em primeiro turno já na semana que vem e a inflação mais fraca medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) serviram como pano de fundo favorável ao recuo do dólar ante o real.
O Banco Central vendeu nesta manhã o lote de 5 mil contratos de swap cambial reverso --equivalente à compra futura de moeda.
(Por Claudia Violante; Edição de Alexandre Caverni; Edição de Luiz Gerbelli)
0 comentário 6q1l5u

Ibovespa fecha em queda com realização de lucros, mas acumula alta em maio

Dólar sobe quase 1% puxado por exterior e fecha semana acima dos R$5,70

Juros futuros sobem puxados por PIB forte no Brasil e desconforto com IOF

Trump diz que conversará com Xi e espera resolver questão comercial

Governo do Japão diz que concordou com os EUA em acelerar negociações comerciais

Wall Street teme que imposto sobre investimento estrangeiro reduza demanda por ativos dos EUA